Um estudo recente do LinkedIn revela que as mulheres ocupam apenas 32% dos cargos de liderança no Brasil em 2024, um crescimento mínimo em comparação aos 28,5% registrados em 2015. Os dados mostram que, embora haja progresso, ele ocorre em um ritmo lento – tanto no Brasil quanto globalmente.
A pesquisa analisou 74 países e posicionou o Brasil na 29ª colocação, atrás de nações como Colômbia (36,4%), Chile (34,9%) e Costa Rica (35,1%). Enquanto isso, Finlândia (44,7%) e Filipinas (43,6%) lideram o ranking, demonstrando que a igualdade de gênero no topo das empresas ainda está longe de ser realidade.
O Cenário Global: Quem Lidera e Quem Fica Para Trás
Ranking dos Países com Mais Mulheres na Liderança
De acordo com o LinkedIn, os países nórdicos e o sudeste asiático se destacam na representatividade feminina em cargos executivos. A Finlândia ocupa o primeiro lugar, com 44,7% de mulheres em posições de gerência, seguida por:
- Filipinas (43,6%)
- Jamaica (41,8%)
- Barbados (40,6%)
- Trinidad e Tobago (39,8%)
Já os piores desempenhos estão no Oriente Médio e sul da Ásia, com:
- Arábia Saudita (11,5%)
- Maldivas (10,2%)
- Paquistão (11,6%)
- Bangladesh (11,8%)
O Brasil aparece em 29º, com 31,8%, atrás de vizinhos latino-americanos como Colômbia e Chile, mas à frente de Argentina (31,6%) e México (28,1%).
Comparação com Anos Anteriores: Um Progresso que Estagna
Em 2015, as mulheres ocupavam 27,5% dos cargos de liderança globalmente. Em 2024, esse número subiu para apenas 30,6% – um avanço de apenas 3,1 pontos percentuais em nove anos.
No Brasil, o crescimento foi ainda mais lento:
- 2015: 28,5%
- 2024: 31,8% (+3,3 p.p.)
O que isso significa?
- Apesar de mais mulheres estarem no mercado de trabalho (43,4% em 2024 vs. 41,9% em 2015), elas ainda enfrentam barreiras para alcançar cargos de chefia.
- Setores como tecnologia e finanças têm as maiores disparidades, com quedas de até 46% na representação feminina conforme a hierarquia sobe.