Nos últimos anos, os avanços tecnológicos e as transformações digitais têm exigido que as organizações se adaptem rapidamente para manterem-se competitivas. Nesse contexto, duas estratégias ganham destaque: o upskilling, que consiste em aprimorar as habilidades dos colaboradores dentro de suas áreas de atuação, e o reskilling, que envolve a requalificação de profissionais para funções completamente novas. Essas práticas são essenciais para preparar as equipes para as demandas emergentes do mercado de trabalho, especialmente em um cenário marcado pela inteligência artificial (IA) e outras inovações tecnológicas.
O Cenário do Mercado de Trabalho em Transformação
De acordo com o relatório Futuro do Trabalho, do World Economic Forum, até 2030, 170 milhões de empregos serão criados, enquanto 92 milhões serão extintos, resultando em um saldo positivo de 78 milhões de novas oportunidades. No entanto, o que chama atenção é a mudança nas competências exigidas para esses novos postos. Muitas funções tradicionais estão sendo reformuladas, e os profissionais precisam se adaptar a um mercado que valoriza cada vez mais habilidades técnicas e comportamentais.
Juliana Motta, head de RH da Delfia, destaca a importância dessas estratégias: “Upskilling e reskilling definem um posicionamento crucial para profissionais e organizações. As exigências do mercado mudaram, e as empresas precisam qualificar seus colaboradores para garantir uma performance superior e prepará-los para novas funções.”
Como as Empresas Estão Investindo em Capacitação
A Delfia, uma empresa de tecnologia especializada em jornadas digitais, é um exemplo de como as organizações estão adotando o upskilling e o reskilling. Por meio da Universidade Corporativa Delfia (UCD), a empresa oferece programas de capacitação que incluem academias de soft skills (habilidades comportamentais) e hard skills (habilidades técnicas).
Segundo Juliana Motta, 96% dos colaboradores da Delfia participam ativamente da UCD, totalizando 489 alunos. “Essa é uma média altíssima, que reflete o compromisso da empresa e dos colaboradores com o desenvolvimento contínuo”, afirma.
O Papel das Universidades Corporativas
As universidades corporativas têm se mostrado uma ferramenta poderosa para preparar colaboradores e empresas para os desafios do futuro. Esses programas oferecem capacitação personalizada, alinhada às necessidades específicas de cada organização. Além de focar em habilidades técnicas, eles promovem o desenvolvimento de soft skills, como comunicação, inteligência emocional e colaboração, que são cada vez mais valorizadas no mercado.
“Em um cenário moldado por inovações, investir em educação corporativa é uma aposta inteligente. Isso não apenas desenvolve o profissional, mas também impulsiona a transformação digital como um todo”, conclui Juliana Motta.
Por Que Essas Estratégias São Essenciais?
- Adaptação às Mudanças Tecnológicas: Com a IA e outras tecnologias transformando setores, os colaboradores precisam se atualizar constantemente para acompanhar as novas demandas.
- Retenção de Talentos: Oferecer oportunidades de desenvolvimento aumenta a satisfação e o engajamento dos colaboradores, reduzindo a rotatividade.
- Competitividade no Mercado: Empresas que investem em capacitação estão melhor preparadas para enfrentar os desafios do futuro e se destacar em seus setores.
Preparando-se para o Futuro
O upskilling e o reskilling não são apenas tendências; são necessidades urgentes para empresas e profissionais que desejam se manter relevantes em um mercado em constante evolução. Ao investir em capacitação e desenvolvimento contínuo, as organizações não apenas preparam suas equipes para os desafios futuros, mas também criam um ambiente de trabalho mais inovador e competitivo.
Para os colaboradores, essas estratégias representam uma oportunidade de crescimento e adaptação, garantindo que estejam sempre um passo à frente em suas carreiras. Em um mundo onde a única constante é a mudança, a educação corporativa é a chave para o sucesso.